Armandinho Ribas

O Caso da Caçada a Quindim

Não inventei. Ouvi e aqui reconto, sem aumentar um ponto. O cientista político Fernando Shüler, em sua palestra na Agas neste ano, relembrou-me a obra do genial Monteiro Lobato, As Caçadas de Pedrinho, e nela, a peculiar história da fuga do Rinoceronte Quindim.

 
A sui generis evasão de um circo rendeu ao Rinoceronte a liberdade, e a um seleto grupo de funcionários públicos, ocupações no inusitado “Departamento Nacional de caça ao Rinoceronte”.

 
Acontece que o animal, indo dar nos costados do Sítio do Pica-Pau Amarelo, fez com que Dona Benta resolvesse enviar telegrama ao tal departamento, para contar que o bicho estava por lá, pronto para ser caçado.

 
Algo que causou extremo desconforto ao muito bem remunerado chefe do tal serviço, aos 12 caçadores, datilógrafas, telefonistas e todas as dezenas de servidores ali alocados, que perderiam sua razão de contrato, caso o animal fosse capturado.

 
E, sendo assim, Quindim seguiu por lá, com o tal departamento fazendo tudo para “não encontrar o animal”, para “seguir seguindo” também

 
Mas isso foi há muito, muito tempo atrás. E coisas assim, certamente que não acontecem mais. Será?!


O melhor Armando que conheço

Falo, sem sombra de dúvida, de Armando Albertani Ribas, ou, o agora, Comendador Armando Ribas, meu pai.

 
Sempre presente nesta coluna como um colaborador de pautas, e muito mais presente ainda em minha vida, Armandão recebeu esta semana a “Comenda Manuel Pena Xavier”, entregue pela Câmara de Vereadores de Santa Maria.

Em uma noite de grande emoção para ele, e para nossa família e amigos, pudemos acompanhar a linda e justa homenagem, por sua trajetória irretocável como pecuarista, produtor rural, selecionador e melhorador de rebanhos, em especial, da raça devon.

Não conheço ninguém que merecesse mais essa distinção que ele. Por sua paixão ao trabalho e pela retidão responsável, com que conduziu toda sua trajetória de vida, no pessoal e profissional.

Parabéns, meu pai, Comendador Ribas, o melhor dos Armandos!


O “causo” do avião laçado


Dia desses fui me abastecer na Ferragem Bozano, tradicional endereço da nossa cidade, e me parei de boa “charla” com o amigo Alexandre Noal, proprietário do local. Na saída, mirei em bela pintura (que reproduzo aqui), mostrando o velho “causo” do gaúcho que laçou um avião no campo.

Lembrei imediatamente de meus dias na Santa Alice, quando meu pai recontava a história, sempre que um avião passava voando baixo, quando um gaúcho no Arroio do Só teria laçado um avião que passava em voo baixo.

Caso é que, além de muito verdadeira, a história ocorreu com o pai do meu prezado Alexandre, o piloto Irineu Noal (aliás, que produziu seu filho com a cara do pai). E, como prova da história toda, lá está guardada a hélice do avião, de nome “Manuel Ribas” prefixo PP-HFE (olha as coincidências nos unindo), enredada com o que sobrou do velho laço de couro cru. Ali seguem entrelaçados para sempre na parede da Bozano, para relembrar essa icônica história, da nossa velha Santa Maria.

Quem duvidar, que vá lá para ver. E dê um abraço no Alexandre, por mim!


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